Como funciona a importação de lustres decorativos

Por Entrega Feita

26 de agosto de 2025

Trazer lustres decorativos de fora do país pode parecer uma alternativa tentadora para quem busca peças sofisticadas ou com design exclusivo. E realmente é – desde que se entenda bem o processo por trás da importação. Não se trata apenas de comprar e esperar chegar. Existe um universo de detalhes, taxas e exigências que podem transformar o sonho da luminária perfeita em dor de cabeça.

É importante saber que luminárias fazem parte de uma categoria com regras específicas no comércio internacional. Por envolverem eletricidade, vidro, metais e estrutura delicada, o transporte e a liberação alfandegária exigem atenção redobrada. Além disso, as peças precisam atender a padrões técnicos e, muitas vezes, passar por certificações se forem revendidas por aqui.

Outro ponto fundamental é o custo. O preço inicial do lustre pode parecer atrativo no site do fabricante estrangeiro, mas com impostos, frete internacional, seguro e possíveis taxas extras, o valor final pode mais do que dobrar. E isso sem contar os prazos – que podem variar bastante dependendo da origem e do tipo de envio.

Neste artigo, vamos mostrar como funciona a importação de lustres decorativos em detalhes. Desde a escolha do fornecedor até a chegada da peça na sua casa ou loja. Se você pensa em importar ou simplesmente quer entender melhor esse mercado, vale a pena acompanhar os próximos tópicos.

 

Escolha dos fornecedores e qualidade do produto

O primeiro passo na importação de qualquer produto é selecionar bem o fornecedor. No caso de lustres, isso é ainda mais crítico. Afinal, estamos falando de itens frágeis, volumosos e muitas vezes fabricados sob encomenda. Um erro na escolha pode gerar prejuízos altos.

Empresas sérias costumam fornecer detalhes técnicos completos, imagens em alta resolução, histórico de exportações e avaliações de outros compradores. Além disso, devem oferecer suporte pré e pós-venda – algo essencial caso haja problema com transporte ou danos durante o envio.

Outro aspecto importante é conferir se o produto atende aos padrões elétricos brasileiros (como voltagem e tipo de soquete). Modelos como luminária teto pendente moderno podem ser lindos no catálogo, mas precisam ser compatíveis com a infraestrutura elétrica nacional.

Em resumo: a escolha do fornecedor define boa parte da sua experiência com a importação. Pesquisar bem, comparar opções e pedir referências é o mínimo necessário antes de fechar qualquer negócio.

 

Classificação fiscal e tributação de lustres

Todo produto importado precisa ser classificado fiscalmente de forma correta. No caso das luminárias, elas geralmente se enquadram na NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) 9405.10, que inclui “aparelhos elétricos de iluminação”. Isso define quais impostos serão cobrados.

Os tributos mais comuns incluem o II (Imposto de Importação), IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), PIS, COFINS e o ICMS (variável de estado para estado). A soma pode ultrapassar 60% do valor do produto, dependendo do regime de importação adotado (formal ou simplificado).

No caso de peças decorativas de luxo, como lustres sala jantar, o valor aduaneiro pode ser ainda mais alto por conta do peso, volume e seguro. Tudo isso impacta diretamente no preço final.

É fundamental consultar um despachante aduaneiro ou contador especializado para entender qual regime é mais vantajoso e como calcular esses custos com antecedência. Planejamento evita surpresas desagradáveis no desembaraço aduaneiro.

 

Frete internacional e riscos no transporte

Importar lustres decorativos exige cuidado redobrado com o transporte. São produtos frágeis, muitas vezes feitos de vidro, cristais ou metais delicados – o que eleva o risco de avarias durante o trajeto. Isso vale tanto para transporte aéreo quanto marítimo.

Empresas que vendem luminárias para o exterior costumam oferecer embalagens reforçadas, mas nem sempre isso é suficiente. Por isso, é recomendável contratar seguro de transporte internacional, que cobre danos ou extravios. Pode parecer um custo extra desnecessário, mas ele se paga em tranquilidade.

O prazo de entrega varia conforme a origem: da Europa, pode levar de 20 a 45 dias. Da Ásia, o tempo costuma ser maior. Em épocas de alta demanda ou logística global sobrecarregada, esse prazo pode dobrar.

Se a ideia é economizar, até dá para encontrar luminária promoção no exterior, mas o frete pode acabar anulando a vantagem. Por isso, é importante colocar tudo na ponta do lápis.

 

Normas técnicas e compatibilidade elétrica

Não basta que a luminária seja bonita e funcional. Ela precisa ser segura – e estar de acordo com os padrões técnicos do Brasil. Isso inclui compatibilidade com a voltagem (110V ou 220V), tipo de encaixe da lâmpada, materiais usados na fiação e aterramento elétrico.

Lustres importados geralmente seguem padrões da Europa (220V) ou dos EUA (110V), e isso pode gerar incompatibilidade direta com a instalação elétrica brasileira. É comum precisar de adaptadores, reatores ou mesmo modificações estruturais para usar o produto com segurança.

Outro ponto: produtos vendidos em larga escala precisam ter certificação do Inmetro para uso residencial. Se a ideia é revender ou instalar profissionalmente, isso se torna obrigatório. Já para uso pessoal, o ideal é contar com um eletricista para verificar as condições técnicas antes da instalação.

Mesmo luminárias menores, como um abajur importado, podem exigir cuidados se vierem com plugues fora do padrão brasileiro.

 

Desembaraço aduaneiro e burocracia

Após o pedido e o envio, vem a etapa mais burocrática: o desembaraço aduaneiro. Esse é o processo em que a Receita Federal analisa a documentação da importação, confere a carga e autoriza (ou não) a liberação do item. Pode levar dias ou até semanas, dependendo da categoria da mercadoria e da clareza nas informações.

O ideal é ter a documentação completa: nota fiscal, fatura comercial, packing list e comprovante de pagamento dos tributos. Qualquer falha ou divergência pode gerar multa, retenção da carga ou até devolução do item para o país de origem.

Quem não está familiarizado com esse processo pode contratar um despachante aduaneiro para facilitar tudo. Ele cuida das etapas junto à Receita e garante que os prazos sejam cumpridos. Mesmo para produtos de uso pessoal, o suporte especializado pode evitar muita dor de cabeça.

Agora imagine passar por tudo isso e, no fim, descobrir que a luminária não pode ser instalada por falta de suporte de parede adequado… pois é. Modelos como a arandela precisam ser compatíveis com os padrões de furação e fixação locais.

 

Vale a pena importar ou comprar no Brasil?

Depois de entender todos os custos e etapas, fica a pergunta: importar compensa mesmo? A resposta é… depende. Para quem busca modelos exclusivos, feitos à mão ou com design assinado, a importação pode ser a única alternativa. Nestes casos, o investimento se justifica.

Agora, se o objetivo é encontrar luminárias elegantes, com boa qualidade e pronta entrega, o mercado nacional está mais competitivo do que nunca. Existem lojas especializadas que trabalham com curadoria de peças importadas, já adaptadas às normas brasileiras e com suporte local para instalação.

Além disso, o prazo de entrega é bem menor, e você evita toda a burocracia alfandegária. Isso sem contar o atendimento em português, garantia local e suporte técnico – algo que faz muita diferença em caso de problemas ou dúvidas pós-compra.

Portanto, antes de importar, vale a pena conferir se a peça desejada não está disponível em lojas brasileiras que já cuidaram de todo esse processo por você.

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